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Será possível vender energia solar?

Sabia que a venda de energia solar tem se mostrado uma opção rentável para os portugueses?

Qualquer pessoa pode produzir energia solar, desde que possua uma instalação elétrica ligada à rede de distribuição e um contrato válido com um comercializador de energia.

Quem está interessado em vender energia solar, deve saber que isso pode ser feito basicamente de duas formas: através das Unidades de Produção para Autoconsumo, e Unidades de Pequena Produção.

Se se interessou pelo tema, continue a ler este artigo e saiba mais sobre como é possível vender energia solar.

Vender energia solar: Tudo o que precisa saber sobre o tema

Primeiramente, é importante estabelecer a diferença entre painéis solares térmicos e fotovoltaicos.

Os painéis solares térmicos são capazes de transformar a radiação solar em energia térmica para o aquecimento da água ou similares. Enquanto os painéis solares fotovoltaicos são conversores de energia solar em corrente elétrica.

Comumente, as soluções de energia solar são dimensionadas para autoconsumir a energia produzida de forma imediata e injetar o excedente na própria rede elétrica, tipicamente sem remuneração deste excedente nem armazenamento em baterias.

Porém, de acordo com as empresas de energia, é possível solicitar a venda do excedente através de um processo e registo.

Portanto, é preciso compreender que o que ocorre não é a venda da energia solar, mas sim da energia elétrica produzida através da fonte solar.

Sobre as Unidades de Produção para Autoconsumo

A Unidade de Produção para Autoconsumo consiste numa instalação de produção de eletricidade baseada em tecnologias de produção renováveis ou não renováveis.

A sua finalidade é o autoconsumo na instalação de utilização associada, com ou sem ligação à rede pública.

Dessa forma, a energia elétrica produzida em autoconsumo destina-se ao consumo da instalação de utilização associada, porém com possibilidade de venda à rede dos excedentes de produção.

Neste caso, a produção de energia não pode ser dimensionada para uma potência superior ao dobro da potência máxima de injeção na rede.

Para poder ser detentor de uma Unidade de Produção para Autoconsumo, é necessário proceder ao registo da mesma no Sistema Eletrónico de Registo de Unidades de Produção (SERUP).

Isso só é possível para quem tiver de uma instalação de utilização de energia elétrica e, se esta estiver ligada à rede pública, sendo que o contrato de fornecimento de energia celebrado com um comercializador deverá estar em nome do titular.

A potência de ligação da Unidade de Produção para Autoconsumo não deve ser superior a 100% da potência contratada no referido contrato.

Além disso, é importante saber que cabe ao produtor suportar os custos associados aos contadores que medem o total da eletricidade produzida, bem como o total da eletricidade injetada na rede pública.

Isso significa que os custos com a aquisição, instalação e operação de um equipamento de medição ficam a cargo do produtor.

Além disso, a lei determina que estas unidades com opção de venda de energia elétrica à rede de distribuição ou potência instalada superior a 1500W devem ter um equipamento de medição adequado para registo da energia injetada na rede.

Sobre as Unidades de Pequena Produção

As Unidades de Pequena Produção são instalações de produção de eletricidade a partir de energias renováveis.

Ela baseia-se na produção renovável com potência de ligação à rede menor ou igual a 250 kW, em que a energia consumida na instalação de utilização é maior ou igual a 50% da energia produzida.

A potência de ligação (injeção) destas unidades deve ser menor ou igual a 100% da potência contratada na instalação de consumo associada.

Este tipo de unidade entrega a totalidade da energia produzida à rede pública, cuja venda pode ser feita pelo titular, através do contrato de consumo ou entidade terceira autorizada por ele.

A categorização para ter acesso ao regime remuneratório dá-se da seguinte forma:

Categoria I — Unidade de Pequena Produção

Engloba o produtor que pretenda proceder apenas à instalação de uma Unidade de Pequena Produção.

Categoria II — Unidade de Pequena Produção + Tomada Veículo Elétrico

Engloba o produtor que pretenda proceder à instalação de uma Unidade de Pequena Produção e de uma tomada elétrica para carregamento de veículos elétricos, no local de consumo.

Categoria III — Unidade de Pequena Produção + Solar Térmico

Engloba o produtor que, para além da instalação de uma Unidade de Pequena Produção, pretende instalar no local de consumo associado coletores solares térmicos com um mínimo de 2m² de área útil de coletor ou de caldeira a biomassa com produção anual de energia térmica equivalente.

Vale a pena vender energia solar?

Depende muito da Unidade de Produção à qual vai aderir, já que o retorno e o investimento são diferentes em ambos os casos.

Em relação à Unidade de Pequena Produção, os investimentos iniciais são de em média 8.650€, enquanto que na Unidade para Autoconsumo é de aproximadamente 3.800€.

Apesar de a Unidade de Pequena Produção proporcionar rentabilidade, numa média calculada em 25 anos, essa receita não supera o valor poupado em relação à energia produzida numa unidade para autoconsumo.

Portanto, é preciso avaliar bem cada possiblidade, e assim concluir qual das duas opções é melhor de acordo com cada caso.

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